quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

excertos - Rosa vermelha em quarto escuro

" (...)O cão espera-a efusivamente mal abre a porta do seu duplex. Ela agarra-o no colo fazendo-lhe festas. Repete várias vezes o seu nome. O que ela sente pelo seu cão não deve ser a mesma coisa que o cão sente por ela. Com as pessoas também é assim."
(...) "as palavras quando imobilizadas perdem todo o sentido. Como quando são inúmeras vezes repetidas. Tornam-se ocas. Soube disto claramente quando disse à Aysha que a amava. Amo-te, disse ela naquela primeira de todas as noites. Fez-se um enorme silenciio à volta daquela palavra. repetia a palavra e voltava a repetir como se não alcançasse o que queria."
(...) "não sabe decidir se foi feliz ou infeliz em criança. Sabe que é um enorme privilégio poder considerar-se feliz ou infeliz".
Rosa vermelha em quarto escuro - Pedro Paixão