tag:blogger.com,1999:blog-6005835538239374666.post3391973816728347660..comments2009-06-30T16:36:03.631-07:00Comments on fartodisto: excertos - Rosa vermelha em quarto escuroUnknownnoreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-6005835538239374666.post-10209322592150017412009-01-22T03:12:00.000-08:002009-01-22T03:12:00.000-08:00Porque eu fazia do amor um cálculo matemático erra...Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.<BR/><BR/>Clarice LispectorSílviahttps://www.blogger.com/profile/02260284960707144877noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6005835538239374666.post-17503011101107836322009-01-22T03:00:00.000-08:002009-01-22T03:00:00.000-08:00nunca o achei um bom professor, mas sempre achei q...nunca o achei um bom professor, mas sempre achei que ele diz coisas muito boas: "as palavras quando imobilizadas perdem todo o sentido. Como quando são inúmeras vezes repetidas." <BR/>um beijinho ;)Carmen https://www.blogger.com/profile/06705064397675030409noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6005835538239374666.post-33229283301307367192009-01-21T16:29:00.000-08:002009-01-21T16:29:00.000-08:00JoelhoPonho um beijodemoradono topo do teu joelhoD...Joelho<BR/><BR/>Ponho um beijo<BR/>demorado<BR/>no topo do teu joelho<BR/><BR/>Desço-te a perna<BR/>arrastando<BR/>a saliva pelo meio<BR/><BR/>Onde a língua<BR/>segue o trilho<BR/>até onde vai o beijo<BR/><BR/>Não há nada<BR/>que disfarce<BR/>de ti aquilo que vejo<BR/><BR/>Em torno um mar<BR/>tão revolto<BR/>no cume o cimo do tempo<BR/><BR/>E os lençóis desalinhados<BR/>como se fosse<BR/>de vento<BR/><BR/>Volto então ao teu<BR/>joelho<BR/>entreabrindo-te as pernas<BR/><BR/>Deixando a boca<BR/>faminta<BR/>seguir o desejo nelas.<BR/><BR/>Maria Teresa Horta<BR/><BR/>PS-Poeta preferida de uma colega, colega essa por quem tenho uma infinita admiração. Beijos Sílvia, sabes que gosto muito de ti.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6005835538239374666.post-89087163719102700152009-01-21T16:11:00.000-08:002009-01-21T16:11:00.000-08:00"Como sabes eu vivo de relâmpagos; contigo partilh..."Como sabes eu vivo de relâmpagos; contigo partilhei uma trovoada um pouco mais longa do que o habitual. Foi apenas isso. De qualquer modo, a morte espreita sobre todos os prazeres dessa cronologia a que nos agarramos para escapar ao tempo. O que somos para além do que vamos sendo? O meu além eras tu- íman da minha íntima, impessoal temporalidade. Redenção dos males que me amputaram. Tu. (...) Feliz por estar ao teu lado outra vez. Ao lado dessa que já estava morta um bom par de anos antes de tu morreres. Fazes-me falta. Mas a vida não é mais do que uma sucessão de faltas que nos animam. A tua morte alivia-me do medo de morrer. Contigo fora de jogo, diminui o interesse da parada. E se tu morreste, também eu serei capaz de morrer, sem que as ondas nem o céu nem o silêncio se transtornem. Cair em ti, cada vez mais longe da mísera ficção de mim.(…)Prefiro esquecer, esquecer-te até se preciso for, para viver como tu vivias, apreciando cada momento - sobretudo os dolorosos, pela lucidez que trazem como bónus - desta tão precária maravilha a que chamamos existência. Tantas vezes te aconselhei as virtudes do silêncio. Queria calar-te para te proteger, sim. Há poucas pessoas apetrechadas para a verdade - mesmo nós, quantas vezes não fechámos à chave umas verdadezitas mais cortabtes para não nos magoarmos? Creio que me fazes - schiuuu! - assim, com uma vagar de embalo, sempre que a voz da minha consciência ( seja lá isso o que for) sobe o tom para me acusar pelo que não te dei. Creio sem crer, como um condenado. Afinal de contas, não tenho nada a perder. Mesmo que os anjos não existam, as asas com que te vejo, sentada na beira da minha cama, do cume enlouquecendo da minha insónia, ficam-te melhor do que todas as toilettes. Esforço a imaginação, estendo-a até aos teus dedos, mas não consigo mais do que um ligeiro raçagar de asas. São lençóis que agito, bem sei - mas não me concederás a graça de transformar a fímbria do meu lençol na ponta dos teus dedos?" Fazes-me Falta, Inês PedrosaAnonymousnoreply@blogger.com